Segundo dados levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 90% das empresas do país são de cunho familiar, representando cerca de 65% do PIB (Produto Interno Bruto), desempenhando importante papel no cenário econômico e são responsáveis por empregar 75% dos trabalhadores no país.
O principal quesito que compromete o empreendimento familiar é a não adoção da implantação do planejamento sucessório e práticas de governança corporativa. Os quais, possuem ferramentas e diretrizes que elevam as chances da empresa não fechar suas portas, uma vez que, mantém o legado familiar, valores, princípios e patrimônios tangíveis na transição entre gerações.
O Planejamento Sucessório Societário Patrimonial (PSSP)®, faz a organização antecipada da sucessão do patrimônio e tem como função a adoção de estratégias para que seja feita a transferência de bens em vida de maneira eficaz e econômica, protegendo o patrimônio e conflitos entre as gerações da família. A ideia do planejamento é atuar prevenindo o conflito familiar, reduzir custos com o processo de inventário e reduzir burocracias na transferência dos bens.
É cabível a todas as famílias, contudo, vale ressaltar que cada planejamento e práticas de governança é totalmente personalizado para atender as necessidades específicas da família, em outras palavras, os instrumentos não seguem modelos, uma vez que, cada família tem sua cara e suas características.
Em relação aos negócios familiares, a contribuição do planejamento sucessório é de grande relevância, uma vez que, proporciona a sobrevivência do empreendimento, pois em uma empresa familiar ocorre muitos conflitos e desacordos, o que, por sua vez, pode ocasionar o comprometimento da estrutura empresarial. Conforme diz Bernhoeft (2002), a sucessão é o processo de profissionalização das sociedades familiares e que devem ser trabalhados e desenvolvidos em duas perspectivas.
A Governança Corporativa é uma estrutura que reúne um conjunto de práticas, as quais, tem por finalidade otimizar o alcance dos resultados corporativos e sucesso empresarial. Os princípios da governança são: a transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.
Sua abrangência tem um escopo amplo, com isso, é imprescindível a aplicação das práticas de governança corporativa em uma empresa familiar, já que essas são tratadas com muita informalidade. Assim, ocorre a possibilidade de redução de conflitos, riscos na sucessão, contribuindo de maneira positiva e assertiva para a longevidade do negócio, uma vez que, a Governança não se aplica apenas a grandes corporações.
Em suma, muitas famílias tendem a não se preocupar com a implantação do planejamento, no entanto, as ferramentas presentes nele e práticas de governança promovem uma melhor gestão do negócio e longevidade da empresa familiar, se tratando então de investimentos que surtem efeitos positivos para a família empresária, não só na gestão do negócio, como também nas atuais e futuras gerações da família.
Autores:
Naieli Fernanda de Lima de Carvalho: Estagiária na Hold Gestão Patrimonial; Graduanda em Bacharel em Administração pela UNESP – Tupã/SP; Técnica em Administração por ETEC Massuyuki Kawano – Tupã/SP Certificada em: Comunicação Corporativa e Lei Geral de Proteção de Dados pela Fundação Bradesco; Certificada em: Comunicação Virtual no Ambiente Corporativo, Postura e Imagem Profissional e Soft Skills por CIEE Saber Virtual; Certificada em: Mercado financeiro de A a Z pela ANBIMA e CIEE.
Daniele Evangelista dos Santos: Assistente Administrativa na Hold Gestão Patrimonial; Cursando Pós Graduação em Holding e Planejamento Societário pela EBPÓS; Graduada em Administração pela FADAP/FAP; Curso de Holding Familiar pela empresa MKT; Certificada em: Introdução a Liderança Lean pela Fundação Bradesco; Técnica em Administração pela ETEC Massuyuki Kawano – Tupã/SP.
Mateus Costa Correa: Advogado e Consultor em Planejamento Sucessório Familiar na Hold Gestão Patrimonial. Pós-graduando Direito de Família e das Sucessões. Curso de Extensão em Holding Familiar pela empresa MKT. Ex-Professor do Núcleo de Prática Jurídica da FADAP. Curso de Extensão em Direito Previdenciário pela ESA. Graduado em Direito pela Faculdade de Direito da Alta Paulista – FADAP – Ano 2002.